Sobre amor e distância

Sabe aquila máxima “A distância é para o amor como o vento é para o fogo, apaga os fracos e aviva os fortes.”. É verdade, mas não é tão simples como no verso. É um teste, uma provação. E como tal, se tudo der certo, o relacionamento sairá mais forte sim, mas o processo é dolorido. Eu mantenho um namoro a distância por 2 anos e quatro meses e, se existe uma palavra pra descrever a equação [(muito)tempo+longe] essa palavra é difícil. É uma saudade imensa, que não passa. O telefone, o e-mail, o skype… são paliativos. Te sustenta, te ajuda a não morrer de fome, mas não enche barriga, não deixa satisfeito.

Todos os dias são contados. Quando está longe, conta os dias pra encontrar e quando está perto, os dias que passam tão rápido são contados com pesar e você já morre de saudades antecipadas. Você sente cada momento perdido, cada acontecimento vivido sem você por perto. Mesmo os menores, mesmo os dias ruins, você não vai estar lá… nenhum dos dois vai estar onde onde sente que deveria estar.

Namorar a distância dói, dói muito, fim de semana, meio de semana, dói todo dia. Eu só vivo isso por que o amor é grande, é enorme, é de verdade. Eu não faria por pouco, não faria por menos. É por essa grandeza  que aguento, porque é ele, porque é a gente, porque eu tenho pelo o que esperar. Só faço porque  a espera vai valer a pena.

E se você sabe que vale a pena… aí você se apega nas melhores coisas. Na ligação no meio do dia só pra dizer que tava com saudade, na visita surpresa que aplacou a saudade por uns dias. Na mensagem que diz que, seja lá o que se estiver fazendo, isso nunca é tão divertido como quando você tá junto. E quando parece que você não aguenta mais de tanta saudade, você escuta: ‘Espera só mais um pouquinho, eu tô chegando pra ti’… Aí você percebe o quanto já é feliz de longe e sente que pode esperar mais porque, daqui um tempo, vai ser feliz junto, vai amar de perto.